1. Descreva as principais diferenças no pensamento de Husserl e
Heidegger.
Enquanto Husserl estava buscando desvendar os recônditos mais profundos das
mente humana a filosofia de Heidegger se volta ao estudo das experiências
comuns que as pessoas ordinárias tem com relação ao mundo. Husserl possui uma
preocupação epistemológica, enquanto Heidegger tem uma abordagem ontológica.
Entre outros aspectos, estas diferenças são as mais expressivas entre os dois
pensadores.
2. Como se articula a noção de "tempo" no pensamento de Heidegger?
O tempo é um horizonte de possibilidades para toda compreensão do “ser”, e sua
meta provisória. Para Kant espaço e tempo eram categorias igualmente
importantes, para Heidegger, entretanto, o espaço é concebido comouma categoria
quase insignificante e, portanto, o tempo se torna objeto de questionamentos mais
profundos. O tempo e a existência humana estão intimamente ligados. Nosso
“ser”, segundo Heidegger, é realmente um processo de “vir a ser”. Isso induz a
conclusão de que não existe nada fixo na essência humana.
3. Discorra sobre a existência humana como um projetar (um projeto um existir)
no pensamento de Heidegger.
A existência humana de baseia na ideia do devir, ou seja, o “vir a ser” como
fundamento do ser. O ser humano esta constantemente projetando-se no futuro do
tempo e por meio disso o trabalho, o pensamento, e tudo em sua volta se
projeta-se nesse rumo.
4. A partir do conceito de autenticidade e de inautêntico, discorra sobre a
relação entre eles e a "massa", o"das man"na existência
humana.
Segundo Heidegger, as pessoas que vivem e trabalham em comunidades rurais
tradicionais tem uma compreensão instintiva de sua própria humanidade, estão
totalmente absortos e conectados com o mundo por meio de seu trabalho e se
reconhecem naquilo que produzem. No entanto, estas pessoas representam uma fração
diminuta da humanidade. Por outro lado, a grande maioria, ouseja, as massas,
principalmente as que vivem nas grandes metrópoles modernas, em razão da rotina
de vida experenciada nesse meio, tendem a perder seu contato com a própria
individualidade, em consequência disso, experimentam fortes sentimentos de
ansiedade e são levados a uma vida sem autenticidade.
5. Qual a importância da "morte" para a existência humana?
A morte constitui uma limitaçãoda unidade originária do ser-aí, significa que
transcendência humana, o poder-ser, contém uma possibilidade de não-ser. O
‘fim’ do ser-no-mundo é a morte. Entretanto, o caráter aparentemente negativo
da morte apenas se coloca quando a morte é tomada no sentido vulgar de ser o
momento do término físico da vida. Mas há um lado positivo na morte, isso se o
ser humano assume o seu ser-para-a-morte,isto é, leva em conta que a morte é um
fenômeno da própria existência e não do término dela. A morte apenas tem
sentido para quem existe e se põe como um dado fundamental da existência mesma.
Assumir o ser para a morte, porém, não significa pensar constantemente na morte
e sim encarar a morte como um problema que se manifesta na própria existência.
Depois de termos morrido não podemos mais sentir amorte. É um fato que a morte
é algo que apenas podemos experimentar indiretamente, no outro que morre. De
fato, para Heidegger ve o conceito de morte é uma espécie de angústia ampliada
e mais definida na direção de uma caracterização fundamental de nossa
existência.